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WWE All Stars (PSP)


Eu não sou uma pessoa que possa ser chamada de fã de WWE, mas sim, eu curto bastante Luta Livre, possivelmente graças a exibição do clássico WMAC Masters na finada manchete e as inúmeras partidas de WWF Arcade no SNES (Undertaker FTW). Não acompanho as lutas com a aficção que eu queria, mas enfim. Os jogos de luta livre, desde que a Yuke passou a estar no comando, seguiram sempre uma linha de tentar simular o realismo e teatralismo dos golpes, com lutadores cada vez mais parecidos e a coisa ficou a ponto de um novato que vá pegar o WWE: Smackdown vs RAW 2010 sem ter experiência na franquia, vai levar mais porrada que flamenguista no meio da torcida do Vasco. Pensando nisso, a THQ lançou em 2011, WWE All Stars, jogo que abandona todo o realismo e vai num mote mais fantasioso e caricato da Luta Livre. Mas vamos ver se o jogo é bom ou isso ficou mais confuso que uma promo do Ultimate Warrior? É o que veremos.

A Análise deste jogo se trata da versão de Playstation Portable. Podem haver diferenças para as outras plataformas (PS2, 3DS, Xbox 360, PS3 e Wii)




O jogo possui três modos básicos:

Exibition, aonde você escolhe os lutadores, o tipo de luta e a arena. O Path Of Champions mode, aonde você escolhe qual caminho deverá seguir (contra Randy Orton, Undertaker ou em Tag-Team contra o D-Generation X) e o Fantasy Warfare, que coloca lutas entre lendas da WWE como Andre the Giant, Randy "Macho Man" Savage e Hulk Hogan contra Superstars da era atual da luta livre, como Sheamus, Kofi Kingston e John Cena. E sim, você vai poder chutar a bunda de Hulk Hogan de maneira brilhante no jogo.


O gameplay do jogo é bastante simples, você tem dois botões de ataque e dois botões de agarrão, sendo um fraco e um forte e pra surrar seus oponentes. Com os botões de ombro você pode usar outros movimentos combinados com os botões ou reverter um combo de seu oponente.

Uma diferença básica de WWE All Stars em relação aos jogos da WWE em geral, é que nos jogos principais, não há qualquer indicador na tela, aqui há três barras, a de energia, que vai mudando de cor conforme o dano sofrido, a barra de golpes especiais, que acumula até 3 stocks para esses golpes, e a barra do Signature Move. Deixe-me explicar como funciona o Signature Move.


Conforme se enche a barra e diminui a vida do oponente (o espancando, óbvio), haverá um momento em que a estrela da barra ficará da cor da barra. E apertando 3 botões (L, Quadrado e X), o Superstar executará um movimento de provocação ao oponente (por isso é recomendado fazer isso enquanto o oponente estiver caído após um movimento especial) e depois, pressione esses mesmos três botões que será executado um movimento, que caso a energia do oponente esteja piscando, o nocauteará em definitivo.

Há três tipos de luta básicos, o primeiro é o Mano a Mano, aonde os lutadores entram em confronto pelas regras normais. Depois temos a Extreme Match, que é uma luta com acesso a coisas como Muletas e outros acessórios dolorosos para bater no oponente, e o eterno pé no saco chamado Cage Match. Sério, uma das coisas mais estressantes que já passei no PSP desde a batalha contra Terra-Xehanort no Kingdom Hearts Birth By Sleep. Basicamente é surrar seu oponente, e tentar escapar da Gaiola, mas para escapar da gaiola, tem um mini-game que é muito, mas MUITO irritante, e acaba frustrando o que deveria ser diversão.


Graficamente é um jogo bastante competente em uns pontos e deixa um pouco a desejar em outros, mas os pormenores do jogo são mais devido as limitações do PSP, aonde a torcida é feita de papel, mas os lutadores estão muito bem feitos. Não estão realistas, mas sim em versões cartunescas. Não tão acentuado como por exemplo nas versões de Wii e PS2 de Ghostbusters, mas definitivamente não são realistas. Seus movimentos especiais estão exagerados até para os padrões da WWE, e as entradas dos lutadores estão fidedignas a sua contraparte da vida real (inclusive o Ultimate Warrior correndo como se devesse a pensão antes de entrar no Ringue). O estilo cartunesco do jogo favorece inclusive a criação de lutadores que se encaixem num roster com os já presentes, aumentando a variedade de lutadores.

O ponto fraco do jogo definitivamente é o departamento sonoro. Se por um lado, as entradas são bem feitas, os diálogos do Path of Champions igualmente bem feitos, as narrações dos vídeos do Fantasy Warfare aumentarem a vontade do jogador assistir a WWE, nas lutas os comentários (bem feitos) se repetem com o tempo, há o uso exaustivo de sons genéricos durante as lutas, o som da torcida é pífio e de qualidade duvidosa, mesmo no PSP.

Finalizando, se você é fã de luta livre profissional, devia dar uma chance a um ótimo título que apesar das dores de cabeça causadas, trará algumas horas de boa diversão ao seu PSP, sem a complexidade de um Smackdown Vs Raw.

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