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Bioshock Infinite (Multi)


Em 2013 eu deixei muita coisa boa passar por conta obviamente da minha condição financeira de não poder pegar jogos em seus lançamentos, então somente em 2014 pude experimentar o jogo da análise de hoje. Será que ele vale a pena?




Em Bioshock Infinite, somos apresentados a Booker DeWitt, um cara que por algum motivo tem a missão de ir até a cidade de Columbia e resgatar uma garota chamada Elizabeth, só que para isso ele terá de encarar muito do sujo que a aparentemente utopia aérea esconde de maneira não tão escancarada.


Ao contrário de muitos jogos, que lhe explicam a história de maneira metódica, Bioshock Infinite vai ao longo de suas dez horas, lhe dando fragmentos do que ocorreu, das verdadeiras motivações de Booker e estabelecendo elos que ligam alguns eventos de Infinite, aos eventos do primeiro Bioshock, mas não de maneira escancarada. E muitas dessas ligações esclarecem certos porquês do jogo. E o final vai explodir sua cabeça, com certeza.


Bioshock Infinite é um jogo de tiro em primeira pessoa estrelado por um anão. Sério, enquanto nas artes temos um Booker de altura proporcional, a maneira como os objetos são posicionados no jogo, nos faz pensar que Booker é um anão, mas enfim. Bioshock é um jogo linear no que diz respeito ao progresso do jogo, mas você tem um arsenal que vai evoluindo durante o jogo e que torna a matança de inimigos do jogo uma tarefa bem divertida. Mas em Bioshock, não se mata apenas com armas, existem os Vigors, poderes especiais que causam diversos efeitos e tipos de dano. Alguns são necessários para passar de determinados trechos do jogo, mas a maioria são apenas maneiras diferentes de se matar um inimigo. Saber como e quando usar os Vigors, é algo necessário para não se morrer em Bioshock Infinite. E quem fizer todas as ligações certas entre este jogo e o primeiro Bioshock vai perceber a relação entre os Vigors e os Plasmids.

E não para por aí. Ao contrário do suspense claustrofóbico do primeiro e segundo jogos da franquia, Bioshock Infinite se passa numa cidade aérea, e com ela, trilhos aéreos, e novas formas legais de se matar um inimigo. E sim, ir "pulando" de trilho em trilho pra matar um lazarento e depois sair fuzilando outro, enquanto se arma pra jogar outros três no abismo e tudo funciona direitinho.


Graficamente é um espetáculo visual. Os personagens não tem um viés totalmente realista, mas não são caricatos em momento algum. Há diversas referências a um ultra nacionalismo americano escancaradas, racismo, entre outras coisas. Cada cenário é único, e a maneira como eles mudam conforme se avança o jogo, não faz o jogador se sentir em um backtracking. A Arte de Bioshock é uma das mais criativas de 2013, junto talvez de DmC: Devil May Cry, e o desempenho do jogo é bastante flexível nos computadores, permitindo aos usuários que não tem um PC ultra potente rodarem o jogo de maneira satisfatória.

Sonoramente é muito bem feito. As músicas tem a pegada ainda da época em que se passa o jogo, mas contém alguns easter eggs que os mais atentos irão ficar com cara de "Ma che cazzo...". E a dublagem é um caso a parte, com Troy Baker provando sua versatilidade no papel de Booker DeWitt, e Courtnee Draper, cujo papel mais notável foi na série The Jerseys, da Disney mostrou seu real talento na evolução da personagem Elizabeth, enquanto a mesma sai do casulo durante a tarde. Os demais dubladores desempenham muitíssimo bem seus papéis, destaque para os irmãos Lutece, que com seus diálogos sincronizados, fazem o jogador ter certa raiva deles, não por conta do papel deles no jogo, mas por os diálogos os fazerem parecer chatos.

Finalizando, se você ainda não jogou Bioshock Infinite, deveria o fazer, independentemente da plataforma ou de seu gosto por jogos. É uma daquelas obras que fazem você aplaudir o cara que escreveu e após a campanha principal, sair do jogo gritando: MINDBLOWN! Uma obra prima.

1 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Show!

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