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Análise: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2


Jogos Baseados em filmes sempre vão estar com a corda no pescoço por conta de coisas como prazos (tem que coincidir com o lançamento em uma semana ou dias até), mecânicas manjadas, desenvolvimento dos gráficos e pressão dos estúdios. Por muitas vezes isso resulta em produtos meia boca, mas que mesmo assim vão vender horrores por conta daquela licença estampada na capa. X-Men Origins: Wolverine é um caso realmente a parte, pois ele seria um jogo do Wolverine (baseado nos quadrinhos) e foi adaptado para o filme, tornando o roteiro confuso (mas, bem, a vida do Wolverine já é confusa nos quadrinhos, então fez sentido), mas ainda assim, as versões maiores eram insanamente divertidas. Mas bem, isso não tem muito a ver com o jogo analisado, que é baseado em filme, falo de Harry Potter and The Deathly Hallows: Part 2 – The Videogame. Será que ele vale a pena ou merece que levemos um Obliviate para esquecer que jogamos ele?







O jogo segue o roteiro no filme que foi baseado, o oitavo de Harry Potter. Harry, Ron e Hermione tem que achar as Horcruxes restantes para ter alguma esperança de derrotar Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, vulgo, Voldemort, Tio Voldie, Voldinho ou seja lá qual for o apelido que deram a ele essa semana. A Voldemort, espera que seus servos, e o tédio, matem Harry antes que ele cumpra sua missão, que falhou miseravelmente no game anterior.


A mecânica de jogo, é de um jogo de tiro em terceira pessoa, tal qual Mass Effect e Gears of War. Harry tem que percorrer seu caminho até o objetivo seguinte, derrotando hordas de inimigos, sejam comensais ou criaturas randômicas (aqui menos randômicas que no primeiro jogo). Os trechos on-rail (sobre trilhos) do primeiro jogo foram limados para nossa alegria. Harry a princípio tem poucos feitiços disponíveis, mas conforme progride no jogo, novos poderes são adquiridos, aliás, estes feitiços são contrapartes de armas num jogo de tiro, há desde o ‘metralhadora’ ao ‘sniper’ e ‘shotgun’, guardadas as devidas proporções. para se proteger das saraivadas inimigas, Harry tem a disposição um Feitiço Escudo, e as coberturas, que o protegem e ajudam a recuperar energia. Não há indicadores de energia ou de ‘balas’; já que conforme se toma mais dano, a tela vai ficando esfumaçada e preto e branco, e quanto mais feitiços se dispara, a precisão piora, sendo necessário dar um tempo de recarga.


A ação pode ser constante, mas tende a repetição com o esquema atira, atira, entra na cobertura, atira da cobertura, segue em frente e assim ad-infinitum. Alguns momentos tentam quebrar isso, como a parte em que se deve passar pelo dragão no cofre (mas que tem sérios problemas, já que o menor toque no fogo o mata e por vezes a cobertura é um tanto falha), e pequenos Quick-Time Events. Alguns são meramente simples, como apertar um botão (ou tecla numérica), outros exigem que fique apertando o botão em intervalos, mas o jogo não diz qual o intervalo e isso fica no tentativa e erro até você ficar puto da vida (ou comprar um Controle do X360 pro Windows e resolver isso), desligar o jogo e ir comer doritos enquanto assiste a Apenas Um Show


O jogo tem algumas coisas extras a serem desbloqueadas, para tentar prolongar a vida útil do jogo e fazer o jogador explorar um pouco mais os cenários, mas os cenários não foram construídos de maneira que o jogador se sinta compelido a explorá-los, mas apenas a ir pra frente… Posso falar com exatidão por exemplo, da seção aonde Ron e Hermione tem que percorrer o caminho para a câmara secreta e colocar a diferença das versões de console e a de DS. Enquanto o que temos aqui é uma iluminação fraca, e o dever de proteger Hermione enquanto ela abre as portas e atirar em centenas de aranhas, no DS temos diversos inimigos e puzzles inteligentes a se encarar.


Os gráficos tratam com fidelidade os cenários dos filmes e os modelos dos atores estão bem feitos, mas ainda assim, eles carecem de vida e cor, o que contribui para a atmosfera tediosa do jogo. O Castelo de Hogwarts está muitíssimo bem feito, e vê-lo destruído é bem confortante. Muitos dos cenários que você pode ter caminhado nos jogos anteriores de Harry, agora parecem menos convidativos, já que a atmosfera é tensa (e tediosa)


As composições salvam, mas nem tanto, pois elas não estarão lhe acompanhando a todo momento na partida, e a dublagem tem seus altos e baixos. Em comparação com os jogos anteriores, o cast de dubladores que contava com atores da série foi diminuindo, sendo Rupert Grint (Ron), Bonnie Wright (Ginny) e Tom Felton (Draco) alguns dos poucos que permaneceram entre os atores, que foram substituídos por dubladores que fizeram tons parecidos com os da película de cinema. Alguns são bem feitos, outros não.

Finalizando, Harry Potter and The Deathly Hallows Part 2: The Videogame não é grande coisa, com ação insossa, gráficos sem vida e nenhum atrativo que vale a pena explorar. Não é a tragédia que os sites indicam (eles exageram tanto pra um lado, quanto pra outro, afinal, deram 9,5 pra Skyrim, e vocês sabem o quanto eu “adoro” este jogo – quem me segue no twitter já sabe do que falo), é razoável, mas, não jogá-lo não vai fazer nenhuma falta na sua vida.


1 comentários:

  1. Unknown disse...:

    Faz 10 minutos que zerei esse jogo e digo,ele ficou tao ruim,mas tao ruim,que o HP e a Ordem da Fênix para Playstation 2 (sim,para playstation 2)da de 10 a 0 nesse.Me decepcionou bastante,quando vi na loja pensei que seria um jogasso,tanto por ser da geraçao superior ao play 2 e tbm por ser o ultimo da franquia.Pra vc que quiser comprar nao gaste seu dinheiro,compre um play 2 e jogue a Ordem da fenix,vcs vao se divertir muito mais.

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